Afinal, a Venezuela é ou não uma ditadura?
- Ana Luiza Sidronio e Giullia Hartvite
- 27 de ago. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 27 de set. de 2024
Entenda como as discussões da atual gestão se fortalecem em meio às denúncias de fraude na reeleição de Maduro

Com acusações de falta de transparência e suposta fraude, a reeleição de Nicolás Maduro juntamente com seus métodos governamentais têm sido alvo de polêmicas recorrentes na mídia. De acordo com o portal G1, as denúncias de golpe feitas pelo Diretor do Conselho Nacional da Venezuela trazem à tona, mais uma vez, o questionamento sobre a gestão venezuelana como um regime autoritário. No decorrer das últimas duas décadas, o país passou por transformações significativas, com grandes mudanças em seu governo e em suas instituições. A questão central colocada é se a Venezuela pode ser classificada como uma ditadura ou se mantém características de um regime democrático.
Essa polêmica não é atual, já que perdura desde a eleição do ex-presidente e militar Hugo Chávez, em 1999. O governo de Chávez, fortemente marcado pelo discurso Bolivariano (baseado em Simón Bolívar, ex-presidente do Peru e um dos pioneiros a apoiar diretamente a descolonização de países latinos), trazia ideias socialistas com ênfase na redistribuição de riquezas e na nacionalização das indústrias, além de expandir programas sociais.
Em contraponto, a atual direção de Nicolás Maduro, que assumiu o poder em 2013 - após a morte de Chávez - e se reelegeu em julho, a população venezuelana enfrenta uma crise econômica severa, além do crescimento da polarização política no país. Líderes da oposição no exílio, como o ex-deputado da Assembléia Nacional, Juan Guaidó, contaram para o Correio Braziliense sobre seu histórico de fugas do governo de Maduro, demonstrando a tensão política que ocorre por anos no território venezuelano. “Nicolás Maduro não entregará o poder facilmente”, afirmou o ex-deputado para o portal.
A exigência da apresentação das atas eleitorais para confirmar a reeleição, não foram atendidas pelo CNE (Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela) e tampouco pelo TSJ (Tribunal Supremo de Justiça), que ainda possui uma ideologia predominantemente chavista.
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