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Alunos da Fapcom promovem gincanas no dia da família para crianças com autismo

No segundo sábado de Maio (11) a Teaba Clínica Multidisciplinar foi ao Parque da Juventude para realizar um dia em família, e os alunos da FAPCOM foram os responsáveis pelas atividades propostas




“Não é todo mundo que tem essa sensibilidade, então é complicado. E a vida com esporte fica mais fácil e mais saudável.” É assim que Jaqueline Silveira Alves resume a importância do esporte para crianças com Transtorno do Espectro Autista, o TEA. Jaqueline é mãe de uma das pessoas que tiveram uma tarde de diversão, junto às suas famílias, no evento realizado em parceria entre alunos de jornalismo da Fapcom e a Teaba Clínica Multidisciplinar. Foram quatro horas de gincana, com o apoio de terapeutas, e um café da manhã especial, para comemorar o Dia da Família.


As tarefas visaram estimular, de forma lúdica, habilidades sociais e funções como chutar, arremessar ou acertar um alvo.  Para crianças atípicas, o esporte é uma ferramenta importante para o desenvolvimento pessoal. “Tem atividade que vai exercitar não só o corpo, como muitas habilidades sociais. A habilidade de convívio, esportes de grupo, formação de time, criação de vínculos. Então, não tenho dúvida de que a prática do esporte regular é fundamental”, afirmou Ulisses Faria, estudante de psicologia e estagiário na clínica Teaba.

Suzy Foniar, fonoaudióloga da clínica, destaca a importância de abordar as atividades esportivas de forma leve, evitando que as crianças se sintam sobrecarregadas por demandas terapêuticas. “É por isso que nós usamos a palavra brincadeira. ‘Vamos lá, vamos brincar’. Porque é chato falar, ‘vamos lá, vamos fazer uma atividade’. Ninguém vai querer ir”, explicou.

Os ganhos ao praticar as atividades são variados para cada criança com TEA e dependem do nível de suporte necessário. De forma geral, o esporte melhora os níveis de endorfina, substância presente no cérebro com função de inibir a irritação e o estresse, o que auxilia em quadros de ansiedade e depressão. O esporte também pode contribuir no equilíbrio e na socialização, visto que a interação social é uma das maiores dificuldades enfrentadas por estas crianças. É o que confirma Ana Raquel Teles Morais, mãe de uma menina atípica, de 6 anos de idade. “Ela  melhorando bastante, porque antes ela não olhava, ela não faz isso, não falava. Hoje, ela já pede para ficar na rua com as outras crianças.”

A prática esportiva, nesse universo de necessidades especiais, precisa do suporte de profissionais especializados e de adaptações, como não enfatizar a sensação de vitória ou derrota. Por isso, depois das atividades de futebol, basquete, boliche, bambolê e pintura, todas as crianças receberam medalhas. E as famílias expressaram a gratidão pelo momento. “Me sinto uma vitoriosa”, afirmou uma das mães durante o evento, depois de sua filha, com o espectro, colocar a medalha recebida em seu pescoço.

 


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