Empresas situadas em Arujá e Guarulhos estavam operando sem autorização e violando normas sanitárias
Com Agência Brasil.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) interditou dois estabelecimentos fabricantes de câmaras de bronzeamento artificial situadas em Arujá e Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo. Ao todo, cerca de 30 câmaras de bronzeamento foram apreendidas na última semana.
Além da falta de autorização para fabricação, os fiscais identificaram infrações sanitárias nas empresas, como a ausência de alvará sanitário, da Autorização de Funcionamento de Empresa e do Certificado de Boas Práticas de Fabricação. Essas falhas indicam uma negligência com os padrões básicos de segurança e higiene, o que coloca em risco a saúde de potenciais usuários.
A operação, realizada em colaboração com o Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania de São Paulo e o Centro de Vigilância Sanitária, foi motivada pelo descumprimento da Resolução da Diretoria Colegiada 56/2009, que proíbe o uso, a importação e a comercialização de câmaras de bronzeamento artificial para fins estéticos.
Esta regulamentação, em vigor desde 2009, foi implementada após evidências científicas apresentadas pela Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer, da OMS (Organização Mundial da Saúde), apontarem os riscos sérios que o bronzeamento artificial traz à saúde, incluindo o aumento em 75% dos casos de melanoma, o tipo de câncer de pele mais mortal, entre pessoas que começam a se submeter a esse tipo de exposição antes dos 35 anos.
A pesquisa, publicada na revista científica Lancet Oncology, também foi um dos principais suportes para a proibição das câmaras de bronzeamento no Brasil. Em resposta a esses dados, a Anvisa argumenta que não há benefícios estéticos que justifiquem o uso desses equipamentos, dados os riscos graves que representam.
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