Ataques causaram ao menos 51 mortes e 223 feridos, segundo o Ministério de Saúde libanês
Nesta quarta-feira (25) - data que marca o terceiro dia de intensos ataques israelenses ao Líbano - o Ministério da Saúde libanês confirmou ao menos 51 mortes e 223 feridos. Segundo o Exército de Israel, foram atingidos 280 alvos do Hezbollah e o chefe do grupamento, Hervi Halevi, afirmou que os últimos ataques servem como uma preparação para uma possível entrada de tropas por terra. Os bombardeios tiveram um foco maior na região sul do país, além da região de Beirute, que fica localizada ao norte.
Cerca de 60 alvos pertencentes à unidade de inteligência do Hezbollah foram atingidos pelos aviões de combate, destruindo equipamentos, infraestruturas de coleta, além de equipamentos de vigilância. “Hoje, o Hezbollah expandiu seu alcance de fogo e, mais tarde, eles receberão uma resposta muito forte, preparem-se”, afirmou Hervi Halevi, em mensagens a soldados. Os ataques, segundo Israel, ocorreram após um míssil lançado pelo Hezbollah contra Tel Aviv ser destruído.
Na manhã desta quarta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou à imprensa um balanço da visita oficial a Nova York, onde discursou na 79ª Sessão da Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas). No discurso, o presidente comentou sobre os acontecimentos. “É importante a gente lembrar que no Líbano o total de mortos é de 620 pessoas. É o maior número de mortos desde a guerra civil que durou entre 1975 e 1990. É importante lembrar também que morreram 94 mulheres e 50 crianças, 2.058 pessoas feridas e 10 mil pessoas forçadas a recuar e esvaziar suas casas”.
O governo brasileiro divulgou na segunda-feira (23) uma nota de repúdio aos ataques. O documento diz que “o governo brasileiro condena, nos mais fortes termos, os contínuos ataques aéreos israelenses contra áreas civis em Beirute, no Sul do Líbano e no vale do Beqaa”.
Trégua - Segundo o FDI (Forças de Defesa de Israel), o país atingiu mais de 1.300 alvos na segunda-feira (23) e cerca de 250 na terça-feira (24). Na noite desta quarta-feira, o ministro de relações exteriores da França detalhou uma proposta de cessar-fogo com trégua de 21 dias e aguarda que os ambos os lados concordem com ela.
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