Uma praga muito conhecida por apicultores pode ser a salvação para a poluição gerada pelo plástico
(Reprodução: Internet/Ciência Hoje)
Pesquisas que começaram em 2017, na Espanha, comprovaram este ano que as enzimas presentes na saliva mariposa Galleria Mellonara, são capazes de oxidar o polietileno. Além disso, esses animais digerem o material como se fosse comida.
A forma não evoluída da mariposa Galleria Mellona é uma larva considerada “inútil” pelos seres humanos. O ser é conhecido como “do favo de mel” ou “traça da cera”, larva que se alimenta do produto que as abelhas utilizam para fazer o favo de mel. Para os apicultores, é uma praga que precisa ser eliminada rapidamente pois prejudica as produções da substância açucarada.
A bióloga molecular Federica Bertocchini pesquisava o desenvolvimento embrionário de vertebrados no Conselho Nacional de Pesquisa Espanhol e é apicultura amadora. Ao limpar sua colmeia deparou-se com algumas larvas presentes no meio de suas abelhas. Ela fez a retirada das criaturas para um saco plástico, onde rapidamente percebeu que algo fazia com que o saco se enchesse de buracos. Desde então, começaram as pesquisas, com mais profissionais na área, que descobriram a possibilidade de que esses animais sejam grandes aliados ao combate ao lixo plástico, que demora séculos para se desintegrar na natureza.
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