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Diretor da CNN e ex-comentarista da Jovem Pan palestram para alunos de Jornalismo

Givanildo Menezes e Leonardo Grandini compartilham experiências e bastidores das emissoras de TV fechada e defendem manutenção do diploma para exercício da profissão

 


Foto: Arquivo pessoal

A FAPCOM (Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação) recebeu na última quinta-feira (16) o diretor de jornalismo da CNN Brasil, Givanildo Menezes, e o ex-comentarista da Jovem Pan, Leonardo Grandini. Os profissionais interagiram com alunos do primeiro semestre de Jornalismo sobre as responsabilidades da profissão, as diferenças nas linhas editoriais das emissoras de televisão brasileiras e a função do jornalista de formação e dos influenciadores na construção da opinião pública.


Grandini contou sua trajetória como comentarista em debates da Jovem Pan desde os 20 anos de idade. Estudante de Direito, o comunicador abordou tópicos como a democratização e a hostilização de discursos, mito da emissora imparcial, novas tendências no ramo da comunicação, regulamentação contra a desinformação em massa e, sobretudo, o papel da mídia nas comunicações sociais. “A imprensa não pode ser legitimada de forma cega e absoluta porque isso não é o papel da imprensa e sim da militância”, ressaltou, ao comentar sobre parcialidade no meio jornalístico.

 

O comentarista político também criticou a nova tendência das mídias de “tratar tudo como se fosse jornalismo”. Na avaliação de Grandini, essa tendência banaliza a importância da informação, o que impacta no debate sobre a regulamentação do Jornalismo e a retomada da profissionalização por meio do diploma. “São pontos essenciais para uma melhoria do cenário (da desinformação)”, argumentou.

Menezes, que iniciou sua carreira em uma rádio no interior de São Paulo reforçou os mesmos pontos. À frente de uma das principais emissoras de TV fechada do país, o jornalista destacou a importância social dos profissionais da imprensa. Segundo ele, é dever do jornalista profissional – com diploma – informar as pessoas sobre aquilo que se é de interesse público para que a população possa se educar e desenvolver opiniões. “A informação é um bem público, assim como o ar, a água e tudo aquilo que precisa ser democratizado na sociedade. Se você é jornalista e tem uma informação, você tem o dever de expor. Se você não expõe, está prevaricando. Você prepara melhor a pessoa para concordar ou discordar de uma opinião”, pontuou.


O profissional também relatou a importância de uma apuração de qualidade que demonstre diferentes lados a fim de possibilitar o desenvolvimento crítico próprio do leitor. “Nossa obrigação é trabalhar com informação. Apurar a informação é dar os dois lados daquilo que está sendo discutido. Todos nós temos a nossa subjetividade que é passada pela nossa escrita, o que precisamos priorizar é o equilíbrio”, relatou o jornalista.


Foto: Arquivo pessoal

 

ÉTICA JORNALÍSTICA - Menezes revelou qualidades de um jornalista profissional ao enfatizar que para um jornalista ter uma boa conduta, precisa se despir de qualquer preconceito, independentemente de quaisquer convicções, além de estar disposto a lidar com desafios e dificuldades, já que profissão não deve ser glamourizada. “Seja qual função você exercer, não tem glamour. Conecte-se com a realidade para conhecer o discurso das pessoas”, orientou.




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