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Enchentes no RS já deixam 113 mortos: a responsabilidade do governo e os movimentos de solidariedade ao povo gaúcho

Além da campanha do governo de Eduardo Leite (PSDB), movimentos e organizações sociais se mobilizam para minimizar os impactos humanitários.


Reprodução MST/ Cozinha montada na sede da Cooperativa dos Trabalhadores Assentados da Região de Porto Alegre (Cootap) em Eldorado do Sul (RS) em 2023. Foto Victor Frainer.


O número de mortos chegou a 113 nas enchentes do Rio Grande do Sul, segundo boletim da Defesa Civil publicado na manhã desta sexta-feira (10). O governo gaúcho tenta medidas econômicas e humanitárias para lidar com os efeitos da catástrofe climática - entre elas, a divulgação de um pix para doações -, mas o governo não age sozinho: movimentos e organizações sociais têm se mobilizado com muito empenho para ajudar o povo gaúcho.


Os dados da tragédia, confirmados pela Defesa Civil, alarmam cada vez mais a situação: são 113 mortos, 146 desaparecidos, 756 feridos, mais de 337 mil pessoas desalojadas e outras 69 mil acolhidas em abrigo. Ao todo, 435 dos 497 municípios gaúchos foram afetados pelas chuvas, e cerca de 100 mil casas foram destruídas ou danificadas. Esta é a maior catástrofe climática do Rio Grande do Sul.


Governador eleito em 2018 e reeleito em 2022, o mandato de Eduardo Leite (PSDB) é marcado por conflitos diretos com a defesa do meio ambiente. Em 2019, seu primeiro ano de mandato, Leite atropelou o Código Ambiental do Rio Grande do Sul - um dos mais antigos e bem sucedidos do país -, limando ou alterando 480 normas da lei ambiental do estado para facilitação da exploração de áreas de reserva ambiental permanente pelo agronegócio, entre outros fins. À época, entidades ambientais e a própria PGR ressaltaram a inconstitucionalidade do projeto, mas ele foi aprovado.


No cenário gaúcho atual, mais de 884 mil pessoas estão sem acesso à água - apenas em Porto Alegre, 85% da população. Em paralelo a isso, o governo Eduardo Leite também é responsável pela privatização da Corsan (Companhia Riograndense de Saneamento) em 2021, vendida por 3 bilhões de reais abaixo do seu valor de mercado; o processo desencadeou o corte de 2.200 funcionários - 40% do efetivo da empresa -, e portanto a redução da capacidade de reação imediata a situações emergenciais.


Em meio à catástrofe, surge a campanha “Só o povo salva o povo”, alavancada pelo PCB-RR, que reivindica apoio aos movimentos sociais que mobilizam suas forças em auxílio ao povo gaúcho. Entre eles, o MST mobiliza a Campanha de Solidariedade Sem Terra ao Rio Grande do Sul, que consiste em doação via pix, de roupas e agasalhos, envio ao Rio Grande do Sul de dezenas de médicos ligados ao movimento e estruturas de saúde, distribuição de 30 mil marmitas ao povo gaúcho, etc.


Além do MST, inúmeros outros movimentos promoveram mobilizações: 

  • Cozinha Solidária

  • Associação Nacional dos Atingidos por Barragens (ANAB) - PIX CNPJ: 73.316.457/0001-83,

  • Movimento de Lutas nos Bairros (MLB) - PIX: pixdomlb@gmail.com e doação de alimentos e roupas, 

  • Grupo de Resposta a Animais em Desastres (GRAD) - PIX CNPJ: 54.465.282/0001-21, 

  • Comissão Guarani Yvyrupa (CGY) - PIX CNPJ: 21.860.239/0001-01, 

  • Rede EMANCIPA (Movimento Social de Educação Popular) - PIX: (51) 99519-6312, 

  • Rodando Pela Vida e Whindersson Nunes - PIX: contato@rodandopelavida.com.br

  • Coletivo Alicerce - pix: PIXDCEUFRGS@GMAIL.COM,

  • Partido Comunista Brasileiro - Reconstrução Revolucionária (PCB-RR) - PIX: solidariedaderrrs@gmail.com e doações gerais em pontos de coleta, e tc.

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