Escolas do Mato Grosso recebem livros de alfabetização em línguas indígenas
- Caroline Barbosa e Isabelle Strumillo
- há 3 horas
- 2 min de leitura
Exemplares buscam incentivar a promoção do aprofundamento de saberes e fazeres milenares das comunidades

Celebrado no último sábado (19), o Dia Nacional dos Povos Indígenas marcou a solidificação de um assunto de extrema importância: a educação dos povos originários. Buscando conservar a herança deixada por seus ancestrais, a SEDUC (Secretária de Estado de Educação) do Mato Grosso disponibilizou livros sobre alfabetização da língua materna de diversas etnias, como Bororo, Chiquitano, Ikpeng, Juruna, Kalapalo, Kamayura, Kawaiwete, Kisedje, Matipu, Mehinaku, Kuikuro, Xavante, Wuajá, Guató e Enawenê-Nawê. A ação atingiu 4.080 dos 10.566 alunos da educação escolar indígena.
“Essa ação, que contou com a participação direta de 160 participantes de 35 povos, não apenas valoriza as línguas e culturas dos povos originários, mas também promove um ensino mais inclusivo e eficaz” - Alan Porto, secretário da educação
Além dos 19 títulos direcionados a educação infantil, ocorre um investimento no tema desde 2023. Com o Seminário de Línguas Maternas Indígenas realizado anualmente, os estudantes se aprofundam em sua própria cultura e, principalmente, prosseguem no objetivo estabelecido pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) de tornar o período de 2022 a 2032 a Década Internacional das Línguas Indígenas. Para Alan, a iniciativa reafirma o compromisso da educação em promover uma educação de qualidade e respeitosa com a diversidade cultural.
O Estado forneceu programas de capacitação contínuos para pedagogos das escolas estaduais da região em parceria com a Superintendência de Equidade e Inclusão, a Coordenadoria de Educação Indígena e o Conselho Estadual de Educação Indígena. Para isso, a SEDUC disponibiliza a Cartilha do Coordenador Pedagógico Indígena, além das quatro cartilhas compartilhadas pela FUNAI (Fundação Nacional dos Povos Indígenas), na semana passada, sobre a co-oficialização de línguas, línguas indígenas de sinais, Braslind (português indígena) e a constituição do GT Nacional da DILI.
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