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FAPCOM recepciona grupos de mestrandos e doutorandos de universidade iraniana

Intercâmbio com estudantes e professores de comunicação focou na ética e práticas jornalísticas nos dois países; brasileiros destacam a importância da formação crítica para evitar a desinformação 


Coordenadores e alunos marcam presença na recepção do grupo iraniano - Foto: Kevin Johny/ Laboratórios Fapcom


A FAPCOM (Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação) recebeu na última quarta-feira (7) um grupo de mestrandos e doutorandos da Universidade Internacional de Religiões e Denominações do Irã nas áreas de comunicação social, religião, cultura e mulheres. O intercâmbio acadêmico tratou sobre a diversidade cultural e a importância de ampliar o debate a respeito da visão ocidental sobre a educação superior no Oriente Médio.


Em uma roda de conversa entre alunos e professores, o grupo iraniano explicou que os cursos da instituição são disponibilizados em três idiomas – persa, inglês e árabe – e também são abertos a alunos de outros países. Segundo a mestranda Saeedeh Alam al-Hoda, os estudos em comunicação fazem parte das práticas jornalísticas e procuram instruir os estudantes sobre a gestão de mídias televisiva, radiofônica, além de portais de notícias e redes sociais digitais.


As pesquisas da universidade focam as técnicas de reportagem, entrevista e investigações sobre o uso da tecnologia para a integração das diferentes plataformas jornalísticas. O diferencial da instituição iraniana é o engajamento e o consumo do noticiário. “Eles tentam achar uma maneira de como preparar um conteúdo mais atraente para a audiência. Então parte da minha pesquisa foca essa necessidade”, ressaltou Saeedeh.


Outros aspectos discutidos pela estudante e suas colegas – Zahra Osati e Afsaneh Mozaffari – foram o aumento da audiência das mídias sociais e a tendência da população em “não confiar” nos veículos de notícia tradicionais. A desinformação também foi um dos principais tópicos durante o debate. “Em todas as disciplinas da FAPCOM, tentamos focar a desinformação e algoritmos para desenvolver um uso crítico das redes sociais”, expôs o professor e coordenador da pós-graduação, Pedro Amorim, ao ser questionado sobre como preparar os futuros comunicadores no país.


A doutoranda Osati problematizou a ética e a responsabilidade social dentro do jornalismo. Para a iraniana, os próprios jornalistas são influenciados pela visão da mídia tradicional e acabam possuindo uma visão incorreta da realidade. “Eu tive de escutar jornalistas mulheres dizendo que ouviram pela mídia que homens do ‘terceiro mundo’ não são gentis com suas mulheres”, contou.

 

Em resposta, os alunos de Jornalismo da FAPCOM demonstraram como a faculdade prioriza a abordagem sobre a ética ao longo do curso. “Já no primeiro semestre, somos orientados muito sobre a ética no jornalismo. Em todas as matérias, os professores abordam o tema”, reforçou o estudante do terceiro semestre Leandro Alves Vieira. Já a colega de turma Luma Venâncio pontuou como as aulas teóricas ajudam os estudantes a formatarem um discurso mais crítico, especialmente a respeito do consumo de culturas hegemônicas, e comentou sobre a oportunidade de participar do encontro. “Muito positivo compreender as diferenças culturais e entender como o jornalismo permite essas aproximações”.



Visita monitorada nos estúdios da Fapcom - Foto: Kevin Jonhy/ Laboratórios FAPCOM



Por: Lanna Melero Rangel Da Silva

Aluna de Jornalismo

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