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“Futuro das transmissões esportivas está no streaming”, afirma estrategista de conteúdo da NWB

As transmissões de esportes via streaming estão cada vez mais populares, para que fãs acompanhem ao vivo as suas partidas favoritas através de diferentes dispositivos


Por: Márcio Thomaz, Lucas Medina e Pedro Negri


Em 2022, Casimiro Miguel arrematou os maiores recordes de transmissão por streaming da história, foram três milhões e oitocentos mil aparelhos conectados simultaneamente na estreia do Brasil na Copa do Mundo de 2022, o número saltou para 4,2 milhões no jogo contra a Suíça, e mais de cinco milhões aparelhos conectados no jogo do Brasil contra a Coreia do Sul. A Cazé TV quebrou o próprio recorde, na partida contra a Croácia, com 6,2 milhões aparelhos conectados simultaneamente.


Ranking das transmissões de eventos esportivos em 2022 / Infográfico: Márcio Thomaz


Através do YouTube e Twitch, a equipe da Cazé TV atingiu o status de maior transmissão ao vivo da história das plataformas. Esse é um indicativo de que os serviços de streaming ganham cada vez mais audiência. Vale lembrar que eles estão inseridos em diferentes segmentos audiovisuais, seja em filmes, séries, músicas, jogos e transmissões esportivas.


Segundo, Pedro Drable, especialista em conteúdo digital e consultor de plataformas, existe a expectativa de que os serviços de streaming busquem cada vez mais transmissões de esportes e tudo que engloba esse setor. “O futuro das transmissões, não só esportivas, é em streaming. Inclusive, figuras como Galvão Bueno, que deixou a Globo e anunciou seu próprio canal, são importantes para o desenvolvimento e engajamento das transmissões.”


Alguns exemplos de plataformas de streaming internacionais exclusivas para esportes no Brasil são o DAZN, NBA League Pass e Combate, que transmitem diferentes modalidades, como beisebol, basquete, UFC e muito mais.


Porém, plataformas que exibem conteúdos diversos também apostam na transmissão de jogos e eventos esportivos. A HBO MAX é conhecida por grandes produções de séries e filmes mas, em 2023, fez a transmissão do Campeonato Paulista, além da já tradicional transmissão da Uefa Champions League, o maior campeonato entre clubes europeus.


O YouTube e a Twitch, que também não têm a transmissão de esportes como principal conteúdo, também têm feito grandes investimentos para atrair o público e se consolidarem também nesse cenário.


Pela primeira vez na história, a Copa do Mundo FIFA, de 2022, foi transmitida em plataformas digitais, como a Cazé TV, no YouTube e na Twitch. As transmissões foram coordenadas por Casimiro Miguel e contaram com o apoio do narrador Luis Felipe Freitas e dos comentaristas, ex-jogadores, Juninho Pernambucano e Denílson.


As plataformas Twitch e YouTube reproduzem, ainda, a transmissão da NBA, maior campeonato de basquete do mundo, e mais recentemente, até o Winter X-Games, evento anual de esportes radicais.


Desde 2006, os serviços de streaming por demanda funcionam nos Estados Unidos, tendo o Amazon Unbox como pioneira. Mas foi a partir de 2010 que as plataformas se destacaram e atingiram o público que consome conteúdos pela internet no mundo inteiro. A Netflix, principal veículo a nível mundial, por exemplo, chegou ao Brasil em 2011 e inspirou o surgimento de diversas plataformas nacionais de streaming e investimentos internacionais. A evolução das transmissões está diretamente ligada aos avanços tecnológicos e no quanto as pessoas têm acesso a dispositivos compatíveis com as plataformas, mas também com a presença de jornalistas e profissionais da área da comunicação.


O maior exemplo desse movimento é a saída de Galvão Bueno da Globo, e o início do Canal GB no YouTube. São mais de 700 mil inscritos em menos de um mês e 9,4 milhões de visualizações na primeira transmissão.


No Brasil, grandes empresas de comunicação têm implementado conteúdos esportivos via streaming. É possível assistir às transmissões de futebol da TV Globo, por exemplo, através do pay-per-view Premiere, serviço que pode ser acessado, desde 2018, através do site oficial da Globo, e não somente pela TV por assinatura.





A experiência da jornalista Gabriela Lira na transmissão da Copa do Mundo na Cazé TV foi marcada por aprendizados e emoção. “Surgiu a possibilidade de trabalhar na produção do projeto da Copa, e aí eu pensei: ‘Já vou sair da minha zona de conforto, vou morar um mês em outra cidade, fazer uma coisa nova. Mas eu não tinha a menor ideia do que era fazer produção, e eu descobri fazendo”.



Gabriela Lira e a equipe de transmissão da Cazé TV durante a Copa do Mundo de 2022 / Foto: Arquivo Pessoal

Para a produtora executiva da LiveMode, Eliza Ranieri, a transmissão da Copa do Mundo de 2022 foi um marco para a carreira e na vida pessoal. “O projeto foi inovador, ousado e surpreendente, logo no primeiro jogo do Brasil batemos recorde e muitas pessoas estavam assistindo. A equipe era enorme e como o próprio Cazé diz, ainda tem muito mais por aí”, conta. “Acho que ainda vou demorar um tanto pra assimilar tudo que aconteceu comigo nessa copa do mundo e absorver todas as mensagens que tenho recebido. Não sei mais como agradecer", conclui.


Eliza Ranieri entrevista Juninho Pernambucano e Denílson, durante transmissão da Cazé TV / Foto: Arquivo Pessoal





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