Fátima Souza conta histórias do jornalismo policial
- portalentrefocos
- 10 de abr.
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Atualizado: há 3 dias
Com 40 anos de experiência, jornalista concedeu palestra em comemoração à Semana da Comunicação
Por: Angela Celeste, Layza Mascarenhas, Matheus Ventura e Rafael Mouraria

Nesta terça-feira (08), a jornalista Fátima Souza, atualmente no programa Tá na Hora, do SBT, palestrou aos alunos da FAPCOM (Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação), encerrando o ciclo de painéis da Semana da Comunicação. A repórter, com quatro décadas na profissão, contou um pouco mais sobre histórias da carreira, que passa principalmente pelo jornalismo policial, e como foi descobrir o PCC (Primeiro Comando da Capital).
Fátima começou a carreira em 1986, e um dos casos mais emblemáticos de sua trajetória foi quando ela descobriu a existência do PCC, uma das maiores facções do Brasil. Fátima foi enviada pela emissora que trabalhava na época, a Rede Bandeirantes, para o Presídio de Tremembé, na região metropolitana de São Paulo. No local, a jornalista notou que estava acontecendo uma rebelião organizada e conseguiu conversar com o líder. Essa entrevista resultou na descoberta da facção, embora a maior parte dos veículos tenham desacreditado inicialmente.
A repórter relatou dificuldades na profissão, especialmente no ramo policial, por ser mulher. E, até hoje, ela inspira a participação feminina no jornalismo, como disse a estudante Maria Eduarda, do sexto semestre, que se sentiu inspirada ao ouvir uma das mulheres pioneiras na cobertura investigativa do país, um espaço que era reservado apenas para homens. "Ouvi-la motiva as jovens a lutarem por seu espaço".
Em 2024, 122 jornalistas morreram no exercício da função, de acordo com a FIJ (Federação Internacional dos Jornalistas). Fátima enfatizou o perigo de trabalhar neste campo e contou que já sofreu muitas ameaças ao longo da carreira, tanto de criminosos quanto de policiais.
"Ou você corre risco, ou não faz." - Fátima Souza
A jornalista encerrou a palestra tirando dúvidas dos alunos e agradeceu a oportunidade de conversar com a nova geração. O aluno do primeiro semestre de Jornalismo, Pedro Henrique Lopes, aproveitou o espaço para reforçar a importância do evento. "Por mais que não tenha interesse no jornalismo investigativo, tudo o que a Fátima disse hoje me ajudará a seguir na profissão, independentemente da área que desejo atuar."
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