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Livrarias mudam a estratégia de vendas para se manter no mercado

Lojas criam uma nova experiência para o cliente influenciado pelas redes sociais e vendas on-line

Livraria Martins Fontes e seu acervo de mais de 40.000 livros


O fechamento de grandes livrarias nos últimos anos, como a rede Saraiva e a Livraria Cultura, que encerraram as atividades de sua principal loja no Conjunto Nacional e na Avenida Paulista, sinaliza uma mudança no setor de consumo de livros. O crescimento de vendas online já supera o de lojas físicas no Brasil. A influência da internet também é vista na escolha do consumidor: títulos que viralizam nas redes sociais tornam-se os mais procurados e vendidos, em curto intervalo de tempo.

Por isso, as lojas têm criado uma nova experiência para os frequentadores. Alexander Lima está há quinze anos no mercado literário, em duas das principais livrarias de São Paulo. São doze anos na Livraria Cultura, e três na Martins Fontes, ambas na Avenida Paulista. Ele aponta para o cliente híbrido, aquele que consome tanto em loja, como no site. “A premissa é ter maior quantidade de títulos em loja, fisicamente, para ter algo como a internet, recriar a experiência, assim como acessar no site, você fala com o vendedor e tem o livro”, conta Alexander. Para isso, a Martins Fontes está em expansão e já conta com um dos maiores acervos do Brasil, com mais de 40.000 títulos. 

Além da compra, a internet e  as mídias digitais criam a demanda por determinados títulos. “Estamos vivendo um processo com o ‘Memórias Póstumas de Brás Cubas’, em virtude de um vídeo no tiktok. Várias edições são muito procuradas e a edição igual a do vídeo acabou, devido à solicitação do site”, conta Alexander.

No geral, o Brasil é um país com bons hábitos de leitura. O estudo feito em outubro de 2023, pela Nielsen BookData e encomendada pela Câmara Brasileira do Livro, entrevistou 16 mil pessoas, e concluiu que o país possui aproximadamente 25 milhões de leitores, dos quais 69% adquiriram até 5 livros nos 12 meses anteriores à pesquisa. Outro dado da pesquisa foi que 55% dos compradores tinham preferência por adquirir seus livros por meio da Internet, enquanto 40% preferem lojas físicas.

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