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‘Maníaco do carro’ ataca mulheres e aterroriza São Paulo

Atualizado: há 3 horas

Suspeito é um homem de 48 anos que já foi condenado por roubo qualificado; até o momento, cinco vítimas foram identificadas


Na última sexta-feira (13),  um homem atacou mulheres com uso de força física para colocá-las em seu carro, na Zona Leste da cidade de São Paulo. O suspeito foi visto por câmeras de segurança agindo em frente a uma escola e em ponto de ônibus.

A polícia investigou as imagens e identificou o homem, mas ainda não divulgou fotos do rosto e o nome do suspeito. As autoridades e a internet o chamam de ‘Maníaco do carro’ e ‘maníaco do Uno’. Quatro mulheres registraram boletim de ocorrência sobre a violência sofrida, mas há suspeita de que ao menos mais três foram agredidas.

O homem foi condenado em 2000, por roubo qualificado, a 11 anos de prisão e cumpriu nove. Ele também foi acusado de matar uma mulher. As vítimas da ação ocorrida na semana passada têm entre 16 e 34 anos. Agressões aconteceram nas ruas, contra mulheres sozinhas, no final da tarde. Até o momento, a polícia encontrou o carro usado, mas não localizou o suspeito.


Homem suspeito de agredir mulheres foi flagrado por câmeras de segurança | Foto: Reprodução

Como fica a vítima?

Segundo a psiquiatra Cristina Galvão de Oliveira, casos como esse podem ter um profundo impacto psicológico nas mulheres que vivem na região, mesmo aquelas que não foram diretamente atacadas. "Em geral, as mulheres que vivem em ambientes mais violentos podem ter uma tendência maior a desenvolver quadros de depressão, ansiedade e outros quadros fóbicos, mesmo que elas não sejam as vítimas do abuso", explica a especialista.

A presença do suspeito em liberdade pode mudar a rotina das moradoras da Mooca e outros bairros da Zona Leste, fazendo com que elas evitem atividades ao ar livre, como caminhar ou correr. "Elas podem ter crises de pânico, medo constante de sair de casa, e até deixar de sair de casa. A rotina dessas mulheres é impactada porque elas procuram menos atividades ao ar livre, ficam mais restritas dentro de casa e têm uma piora geral da qualidade de vida", acrescenta Cristina Galvão.

A situação evidencia a necessidade de políticas públicas eficazes, tanto em termos de segurança quanto de apoio psicológico para as mulheres afetadas. Cristina Galvão ressalta que, além de operações policiais e vigilância comunitária, é fundamental que o poder público crie espaços comunitários onde as mulheres possam se sentir seguras e acolhidas. "Existem políticas públicas de segurança e vigilância comunitária para que elas se sintam seguras para voltar a aproveitar o espaço que frequentam. Acredito que uma política pública importante seria, além da segurança, a criação de espaços sociais comunitários, como caminhadas e corridas de mulheres, para que elas sejam reinseridas e voltem a usar o espaço."




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