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O Brasil está disposto a conceder um visto humanitário para mãe de Gaza, mas não às suas filhas.

O governo brasileiro reserva vistos humanitários apenas para parentes próximos, porém um grupo de advogadas e palestinos trabalha para modificar essa restrição


(Foto por: Tomas Munita para o The New York Times.)


A cidadã Palestina, Wedjan Shaheen, se recusa a aceitar a condição oferecida pelo Itamaraty, no dia 10 de abril. A declaração do governo brasileiro via e-mail para a advogada, afirma que a Palestina é bem vinda ao Brasil, mas sem suas duas filhas que hoje moram nos escombros de uma casa destruída, sem mantimentos.


Shaheen tem permissão para vir para o Brasil devido ao seu vínculo com um irmão brasileiro, de acordo com as regulamentações do Itamaraty, mas isso exigiria que ela deixasse suas duas filhas e o marido para trás. Essa situação tem gerado questionamentos sobre os critérios adotados para concessão de vistos humanitários pelo país. Shaheen conta com a advogada Maira Pinheiro, especialista em direitos humanos e direitos das mulheres.


Em março, Maira Pinheiro e um grupo formado por advogadas e palestinos enviaram uma carta ao Itamaraty solicitando vistos humanitários para reunir famílias. O pedido abrangia 103 palestinos em Gaza que têm parentes no Brasil. Mas, o Itamaraty negou o visto para 63 pessoas da lista, incluindo as duas filhas de Shaheen.


De acordo com André Veras Guimarães, diretor do Departamento de Imigração e Cooperação Jurídica do Ministério das Relações Exteriores, os nomes vetados não se enquadram nas normas que regem a concessão de vistos para reunião familiar, que se limitam a parentes de primeiro e segundo grau. Apesar das adversidades, Pinheiro e o grupo persistem na busca por uma revisão da política de concessão de vistos humanitários pelo Brasil, e destacam a urgência da situação dos palestinos em Gaza.




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2 Comments


nicolee.menezes04
Apr 29

👏🏻👏🏻👏🏻

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matheus.correia2100
Apr 29

Que absurdo!

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