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Divulgação de resultado das eleições no exterior pode influenciar votos e causar desinformação

Atualizado: 3 de nov. de 2022

Para secretária de Comunicação Social do TRE-SP, riscos de desinformação relacionados à divulgação antecipada do resultado das eleições existem, mas "o importante é que as pessoas façam escolhas conscientes"


Por: Eduardo Kuntz Fazolin

(Foto: Abdias Pinheiro/Assembléia Legislativa do Espírito Santo)


No último dia 06 de outubro, Eliana Passarelli, secretária de Comunicação Social do TRE-SP, em entrevista concedida aos estudantes de jornalismo da FAPCOM, comentou sobre como o órgão percebe a influência de eleitores que estão no exterior na decisão de quem vive em território brasileiro, considerando que a votação e apuração podem ocorrer horas antes em relação ao Brasil, devido ao fuso-horário.


Para ela, o risco existe, mas é algo não há como mudar, e que o importante é que, cada vez mais, as pessoas façam escolhas conscientes. “É um risco que a gente corre realmente, de as pessoas observarem o resultado e se influenciarem. Mas o eleitor é influenciado o tempo inteiro pelas pesquisas, pela desinformação, por tudo o que ele busca. Então é natural que isso possa ocorrer ou não. O importante é que a gente atinja um nível em que as pessoas realmente escolham por si mesmas”, enfatizou.


Sobre a diferença de fuso horário em território brasileiro de cidades, como o Acre, por exemplo, e de como isso pode interferir no resultado das eleições, Passarelli apontou que a solução encontrada pela Justiça Eleitoral para evitar ocorrências foi tomar o horário de Brasília como padrão. "O Acre, por exemplo, tem duas horas de diferença do horário de Brasília. Isso trazia muitas teorias da conspiração, porque, durante essas duas horas, os estados menores tinham uma agilidade muito grande para totalizar os votos. Então eles totalizavam mas não podiam divulgar. Quando eles divulgavam, a gente começava às 19h em todo o Brasil. E já tinha uma massa muito grande de votos. Aí começavam as teorias da conspiração sobre isso. Então esse ano foi unificado justamente para evitar esse tipo de comentário”, explicou.


Durante as eleições de 2022, constatou-se que, aproximadamente, 697.084 brasileiros estão qualificados para votar em território estrangeiro. O número é considerado 39,21% maior que nas últimas eleições, de 2018. Dentre as localidades, 97 países e 159 cidades internacionais estão aptas para que os eleitores possam exercer seu papel de cidadão. Também foram contabilizadas 989 urnas eletrônicas em tais países.

(Foto: Getty Images)

Vale lembrar que o combate à manipulação de resultados deve vir também do povo, considerando que é uma ação de cidadania espalhar a verdade e desmentir desinformações. A Jovem Pan, por exemplo, foi alvo de uma fake news a respeito das eleições na Holanda, que dizia que o candidato Jair Bolsonaro (PL) havia vencido as eleições no país, mas os locais de voto sequer haviam sido liberados no horário que consta na publicação.


Para saber mais sobre as urnas eletrônicas e todo o processo eleitoral brasileiro, acesse www.tse.jus.br. E para conferir a veracidade de notícias sobre os bastidores das eleições, o Fatos ou Boatos é a aba de checagem de notícias do TSE, disponível em www.justicaeleitoral.jus.br/fato-ou-boato/#.

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