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Pagers explodem no Líbano e intensificam o conflito entre Israel e Hezbollah

Atualizado: há 3 horas

Explosões misteriosas envolvendo os aparelhos de comunicação do Hezbollah evidenciam novas estratégias de tecnologia de guerra



Invasão hacker gera explosões de pagers utilizados pelo Hezbollah | Reprodução: Comparaco


O uso de tecnologia de guerra está ampliando o número de mortos e feridos no conflito entre Israel e Hezbollah. O ataque hacker que causou explosões a pagers no dia 17 de setembro matou 37 pessoas e feriu mais de 2.900. O grupo extremista libanês acusa Israel de coordenar os ataques, embora ainda mantenha em reserva suas armas mais sofisticadas. Israel, por sua vez, ainda não se pronunciou sobre as acusações.



Segundo testemunhas libanesas, com apuração do G1, os pagers são utilizados para evitar o rastreamento por Israel, já que os smartphones podem ser facilmente monitorados. Esses dispositivos permitem o envio de mensagens que não podem ser rastreadas. No entanto, apesar de sua eficácia em evitar a interceptação, a tecnologia obsoleta dos pagers se mostrou vulnerável a uma misteriosa invasão. Ao serem manipulados, alguns detonam explosivos, matando ou ferindo gravemente pessoas. Apesar do silêncio oficial, a Inteligência de Israel é a principal suspeita devido ao histórico de práticas inovadoras nos conflitos com o Hezbollah. 


O uso de tecnologias militares avançadas é uma forte característica estratégica do conflito. Israel tem utilizado drones para monitorar as atividades do Hezbollah no sul do Líbano e realizar ataques precisos. Sua Força Aérea emprega mísseis guiados, como o Spike - um míssil antitanque portátil de quarta geração, desenvolvido pela empresa israelense "Rafael Advanced Defense Systems"  - e o Delilah - um míssil de cruzeiro com alcance de 250 km, projetado para atingir alvos fixos ou móveis com precisão de um metro para atingir alvos estratégicos do Hezbollah. 


Além disso, o sistema de defesa antimísseis Iron Dome, usado pela primeira vez em combate em 2011, quando derrubou um míssil disparado da Faixa de Gaza e que, em 2019, os EUA anunciaram que comprariam e testaram algumas baterias, que atualmente tem sido crucial para interceptar foguetes e mísseis lançados pelo Hezbollah. Segundo Israel, com uma taxa de interceptação de cerca de 90%, o sistema tem protegido grandes áreas civis israelenses.


Por outro lado, o Hezbollah ainda não ativou seu armamento mais avançado, o que intriga especialistas. Até o momento, o grupo tem usado principalmente foguetes de curto alcance, como os Katyusha, embora possua mísseis mais potentes, como o Fateh-110, com capacidade de atingir alvos a mais de 300 km. Esses mísseis permanecem em reserva.


O Hezbollah também possui drones armados e de vigilância, fornecidos principalmente pelo Irã, mas não os utilizou em grande escala no atual conflito. Segundo O Globo, analistas sugerem que o grupo pode estar aguardando o momento estratégico adequado para empregar suas armas mais destrutivas.


A introdução das explosões causadas por pagers aumenta a imprevisibilidade do conflito, com o Hezbollah mantendo parte de seu arsenal em reserva e Israel intensificando suas operações militares, tem aumentado o número de mortos e feridos em um cenário já marcado pelo uso de tecnologias de guerra avançadas.


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