Urnas eletrônicas e desinformação: Como as fake news impactam o processo eleitoral
- Isabelle Santos, Júlia de Cássia, Lívia Eduarda e Victória Marques
- 25 de out. de 2022
- 2 min de leitura
Atualizado: 3 de nov. de 2022
Por: Isabelle Santos, Júlia de Cássia, Lívia Eduarda e Victória Marques

No último dia 6 de outubro, em entrevista coletiva concedida a estudantes de jornalismo da FAPCOM, Eliana Passarelli, secretária de comunicação social do TRE de São Paulo, refletiu sobre como as fake news e a desinformação impactam no processo eleitoral. A equipe de Passarelli foi responsável pela campanha de comunicação que orientou eleitores do Estado de São Paulo.
Ao ser perguntada se a desinformação sobre as urnas eletrônicas pode influenciar os eleitores a desistirem de votar, Passarelli observou que o fato de uma pessoa não ter o acesso à informação contribui para uma opinião distorcida do assunto. E acrescentou que a Justiça Eleitoral está presente em diversos locais, desde os mais remotos, para informar a população de diversas maneiras através de cartórios eleitorais, folhetos, rádios locais e, até mesmo, faixas. Isso porque, conforme a secretária, a desinformação impede que as pessoas formem sua própria opinião sobre candidatos e a integridade eleitoral: “Quanto menos acesso a pessoa tem à informação, mais risco ela corre de não se informar corretamente e de acreditar em desinformação.”, analisou. Passarelli afirmou que as redes sociais podem ajudar no combate às 'fake news’, “Temos que estar onde a desinformação está”, comenta, completando que quando ocorre algum tipo de desinformação o TSE toma medidas o mais rápido possível, pois estão atentos para monitorar diariamente as falsas informações compartilhadas. “As redes sociais, são, sim importantes porque são plataformas que discutem a atualidade e seus problemas, contestando os candidatos, e isso é essencial.” concluiu Passarelli.
A desinformação contribui para que as pessoas acreditem facilmente nas fake news. Notícias falsas são conteúdos enganosos, geralmente com apelos emocionais, com a intenção de manipular pessoas inseridas em determinadas bolhas sociais e políticas. Elas podem causar grandes impactos e se propagar rapidamente.
A pesquisa realizada pelo TSE em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, por exemplo, intitulada “Desinformação On-line e Eleições no Brasil: A circulação de links sobre desconfiança no sistema eleitoral brasileiro no Facebook e no YouTube (2014-2020)” verifica que, desde 2014, houve um crescimento na circulação de conteúdos enganosos nas redes sociais que demonstra padrões de desinformação.
A confiança em um sistema eleitoral íntegro e seguro é o primeiro passo para que o eleitor possa comparecer às urnas com tranquilidade e exercer a cidadania.
O TSE propõe diversas medidas para prevenir e diminuir a desinformação em relação ao sistemas eleitoral brasileiro, e a criação de um portal de checagem de notícias, chamado Fato ou Boato, onde a população pode enviar notícias para serem avaliadas e comprovadas, pelo próprio Tribunal Superior Eleitoral, além do próprio WhatsApp criado para espalhar informações sobre as eleições como um todo.
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